Reduzir Normal Aumentar Imprimir Os Estados Unidos descobriram vastos depósitos minerais no Afeganistão, numa riqueza natural que está sendo estimada em aproximadamente US$ 1 trilhão e poderia significar não somente uma virada na história da economia afegã, mas inclusive no cenário de guerra deste país, informa matéria publicada na manhã desta segunda-feira no New York Times.
A reserva natural é composta principalmente por depósitos de ferro, cobre, cobalto e ouro, largamente utilizados na indústria moderna. Há também enormes concentrações de lítio, um dos metais mais importantes e escassos atualmente, largamente empregado na indústria da informática.
De acordo com a matéria, a descoberta poderia fazer do Afeganistão um dos principais centros mundiais de mineração - ou, como uma nota do Pentágono deixa claro, a "Arábia Saudita do lítio", em referência ao papel do petróleo da economia saudita.
A descoberta, feita por um pequeno grupo de oficias e geólogos americanos, foi comunicada ao governo afegão. A previsão é que a potencial "indústria de mineração" ainda leve muitos anos para se desenvolver, mas oficiais acreditam que investimentos já poderiam ser feitos mesmo antes de as minas se tornarem "rentáveis". Estes investimentos gerariam empregos e poderiam tirar o foco para a guerra e seus problemas, analisa a reportagem do jornal.
A estimativa trilionária dos americanos repercutiu em jornais mundiais neste início de semana. Na França, o Figaro, apontando para a importância da boa gestão de recursos, lembrou da "maldição da matéria prima". O periódico espanhol El País escreveu que a descoberta "muda o plano de guerra".
Os EUA invadiram o Afeganistão em 2001. A economia afegã, baseada na produção de ópio e no tráfico de narcóticos, é dependente de ajudas externas. Seu PIB gira em torno de US$ 12 bilhões.
14 junho 2010
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