Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitry Medvedev, assinaram nesta quinta-feira em Praga, capital da República Checa, o acordo bilateral de redução de seus arsenais de armas nucleares mais significativo em 20 anos.
O acordo estabelece que a redução ocorrerá ao longo de sete anos e que cada parte limitará o seu número de ogivas nucleares a 1.550. O novo teto é cerca de 30% menor que o de 2,2 mil ogivas previsto pelo acordo antigo de redução nuclear russo-americano.
Rússia e Estados Unidos também se comprometeram a limitar a 700 o número de mísseis balísticos capazes de levar as ogivas nucleares. Atualmente, os EUA possuem 798 desses artefatos, enquanto a Rússia tem 566, menos que o limite.
O acordo, que substituirá o Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start, na sigla em inglês), assinado em 1991 e expirado em dezembro, ainda precisa ser aprovado pelo Senado americano e pelo Parlamento russo, a Duma.
Importância
Estima-se que o arsenal americano e russo alcance hoje mais de 2 mil e 2,5 mil ogivas nucleares estratégicas, respectivamente. Durante o período da Guerra Fria, os Estados Unidos chegaram a ter mais de 15 mil ogivas nucleares estratégicas, e a Rússia, mais de 10 mil.
Entretanto, para o analista da BBC para assuntos de geopolítica Jonathan Marcus a importância do acordo está menos nos números e mais no significado simbólico do entendimento.
"O acordo marca uma reaproximação nas relações EUA-Rússia, preconizando, talvez, uma postura mais dura da Rússia em relação ao programa nuclear iraniano", afirmou.
"As armas nucleares são parte importante da equação de defesa russa, em um momento em que o seu papel no pensamento estratégico americano está se tornando mais limitado."
Marcus disse que os critérios para contar as unidades de ogivas nucleares são pouco claras e que cortes mais significativos nas armas nucleares de longo alcance russas e americanas ainda podem tardar anos de negociações bilaterais.
Ambos os países já haviam concordado em diminuir o número de mísseis em julho do ano passado, mas o acordo havia ficado em suspenso até agora por diferenças sobre a verificação das reduções.
No início desta semana, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, declarou que o acordo representa "um novo patamar de confiança" entre Rússia e EUA.
Ao anunciar o acordo, no mês passado, Obama fez referência à Guerra Fria e disse que o entendimento é "um novo passo adiante para deixar para trás o legado do século XX e construir um futuro mais seguro para nossos filhos."
Fonte: BBC Brasil - BBC BRASIL.com
O acordo estabelece que a redução ocorrerá ao longo de sete anos e que cada parte limitará o seu número de ogivas nucleares a 1.550. O novo teto é cerca de 30% menor que o de 2,2 mil ogivas previsto pelo acordo antigo de redução nuclear russo-americano.
Rússia e Estados Unidos também se comprometeram a limitar a 700 o número de mísseis balísticos capazes de levar as ogivas nucleares. Atualmente, os EUA possuem 798 desses artefatos, enquanto a Rússia tem 566, menos que o limite.
O acordo, que substituirá o Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start, na sigla em inglês), assinado em 1991 e expirado em dezembro, ainda precisa ser aprovado pelo Senado americano e pelo Parlamento russo, a Duma.
Importância
Estima-se que o arsenal americano e russo alcance hoje mais de 2 mil e 2,5 mil ogivas nucleares estratégicas, respectivamente. Durante o período da Guerra Fria, os Estados Unidos chegaram a ter mais de 15 mil ogivas nucleares estratégicas, e a Rússia, mais de 10 mil.
Entretanto, para o analista da BBC para assuntos de geopolítica Jonathan Marcus a importância do acordo está menos nos números e mais no significado simbólico do entendimento.
"O acordo marca uma reaproximação nas relações EUA-Rússia, preconizando, talvez, uma postura mais dura da Rússia em relação ao programa nuclear iraniano", afirmou.
"As armas nucleares são parte importante da equação de defesa russa, em um momento em que o seu papel no pensamento estratégico americano está se tornando mais limitado."
Marcus disse que os critérios para contar as unidades de ogivas nucleares são pouco claras e que cortes mais significativos nas armas nucleares de longo alcance russas e americanas ainda podem tardar anos de negociações bilaterais.
Ambos os países já haviam concordado em diminuir o número de mísseis em julho do ano passado, mas o acordo havia ficado em suspenso até agora por diferenças sobre a verificação das reduções.
No início desta semana, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, declarou que o acordo representa "um novo patamar de confiança" entre Rússia e EUA.
Ao anunciar o acordo, no mês passado, Obama fez referência à Guerra Fria e disse que o entendimento é "um novo passo adiante para deixar para trás o legado do século XX e construir um futuro mais seguro para nossos filhos."
Fonte: BBC Brasil - BBC BRASIL.com
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